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 Sob a perspectiva de inclusão dos idosos no conjunto das redes sociais, pesquisadores buscam reverter alguns estigmas negativos da velhice e fazem estudos sobre a educação nessa etapa de vida. Para isso adotaram como amostra o Programa Educativo de Idosos que, desde a sua criação, em 1995 organizou praticas de ensino em pessoas acima de 50 anos que continuam sendo feitas na Universidade de Santiago, na Faculdade de Humanidades, Ciência Sociais e da Saúde.

O mito acerca da velhice como sendo sinônimo de decadência, perda generalizada ou decrepitude ainda está muito presente no imaginário social, no qual se nega, de antemão, a valorização do idoso no seu  estado de desenvolvimento vital e, muitas vezes, não reconhecem seus direitos a uma vida digna e sua participação social. Por isso uma equipe procura construir um espaço  para se voltar a pensar na realidade dos idosos e fortalecer sua capacidade educativa e sociocultural.

Os investigadores se basearam fundamentalmente em identificar o potencial de aprendizado dos idosos, detectar dificuldades e condições de sociabilidade, como assim propor estratégias e metodologias inovadoras para promover novas aprendizagens.

“Segundo nossa experiência no Programa, pode-se afirmar que os idosos encontraram nas aulas da universidade um espaço para por em evidência que qualquer idade é propicia para aprender e descobrir novos interesses que se converteram numa nova forma de ser idoso, expressada na diversidade de formas e estilos de participação sociocultural que dão ênfase nas competências de ganhos de uma vida vivida em plenitude”  afirma a doutora em Ciências da Educação e especialista em Gerontologia educativa, Norma Tamer, diretora desse programa.

Dentro da tática mencionada se sublinhou a importância do conhecimento e a aplicabilidade da metodologia de historias de  vida em particular, o uso da biografia educativa como uma proposta estratégica para entender o processo de aprendizagem em idosos, mediante a rememoração de suas historias e a reflexão sobre as experiências que tiveram até o momento.

“Com isso se pretende reconstruir os relatórios de cada pessoa, se valorizam acontecimentos e situações vitais, tratando de marcar os fatos  ou sucessos importantes da vida. Com a intenção de ver como, onde e como eles foram significativos para manter um cérebro ativo, ágil e disposto a ter novas aquisições intelectuais, sociais e culturais”, destaca a investigadora.

“A experiência nos permitir  demonstrar que não somente é possível a educação em etapas avançadas da vida, como também é necessário propor ações para impulsionar diversidade de oportunidades que objetivem a integração e o dialogo intergeracional dos idosos com a sociedade atual, a qual contribuirá para obter-se um mundo melhor para todos”, concluíram os especialistas.

Fonte: Maria Graça Fiorentino – (UNSE) – “A opinião Rafaela (Argentina) – l6/12/2009 - www.gerontolgia.org

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